A prova de Língua Portuguesa é, sem dúvida, uma das mais temidas pelos candidatos a concursos públicos. Entre os diversos conteúdos, interpretação e compreensão de texto se destacam como habilidades fundamentais, pois são avaliadas em praticamente todas as bancas, sobretudo na FGV (Fundação Getúlio Vargas), conhecida por explorar textos densos, longos e, muitas vezes, repletos de recursos linguísticos sutis.
Mais do que decorar regras gramaticais, o candidato precisa aprender a ler estrategicamente, reconhecendo a organização estrutural do texto e a intenção comunicativa do autor. Esse domínio é decisivo para conquistar um bom desempenho em concursos públicos.
Neste artigo, você encontrará:
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Diferença entre compreensão e interpretação;
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Tipos de textos cobrados em provas;
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Estratégias para analisar a organização estrutural;
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Erros comuns cometidos pelos candidatos;
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Exemplos práticos inspirados em questões de concurso;
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Dicas de estudo para se preparar para a banca FGV.
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1. Diferença entre Compreensão e Interpretação
Muitos candidatos confundem os termos, mas eles representam etapas distintas da leitura.
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Compreensão: é captar a mensagem explícita do texto, aquilo que está dito de forma direta.
👉 Exemplo: O texto informa que a personagem saiu às 8h da manhã. -
Interpretação: é inferir informações implícitas, ou seja, aquilo que está sugerido, mas não declarado diretamente.
👉 Exemplo: Se a personagem saiu às 8h, pode-se inferir que acordou cedo.Continua depois da Publicidade
Nas provas da FGV, a distinção é fundamental: muitas vezes, a banca formula alternativas que confundem compreensão com interpretação. O candidato precisa diferenciar o que o texto afirma daquilo que o leitor pode deduzir.
2. Tipos de Textos Mais Frequentes
A organização estrutural do texto varia de acordo com o gênero. A FGV costuma trabalhar com:
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Textos jornalísticos – notícias, reportagens e artigos de opinião;
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Textos literários – crônicas, contos ou poemas;
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Textos dissertativos – ensaios, trechos acadêmicos ou reflexivos;
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Textos técnicos – leis, documentos e pareceres.
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Cada gênero possui uma estrutura interna própria:
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Notícia: título, lide, desenvolvimento;
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Artigo de opinião: tese, argumentos, conclusão;
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Crônica: narrativa curta, foco no cotidiano, desfecho sugestivo;
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Texto científico: introdução, desenvolvimento lógico, fechamento conclusivo.
Reconhecer o gênero e a estrutura ajuda a prever a organização das ideias e a localizar informações com mais rapidez.
3. Organização Estrutural do Texto
A organização estrutural refere-se à forma como as ideias se articulam. Em provas de concurso, espera-se que o candidato saiba identificar:
3.1 Introdução, Desenvolvimento e Conclusão
A maioria dos textos segue essa lógica. A FGV costuma cobrar:
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Onde está a tese (opinião principal do autor);
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Como os argumentos são distribuídos;
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Qual é a mensagem final do texto.
3.2 Progressão Textual
O bom texto progride de forma coerente, cada parágrafo complementando o anterior. Perguntas comuns:
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Há uma relação de causa e consequência?
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O autor está fazendo uma comparação?
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Existe um contraste entre ideias?
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3.3 Recursos de Coesão
São conectivos que orientam o leitor:
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Adição: além disso, também, ainda;
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Contraste: porém, contudo, entretanto;
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Causa: porque, já que, uma vez que;
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Conclusão: portanto, logo, assim.
A banca gosta de perguntar o que ocorreria se um conector fosse trocado ou retirado. Isso exige do candidato atenção à lógica estrutural.
4. Estratégias de Leitura para Provas de Concurso
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Leitura panorâmica: identificar tema, gênero e ideia central antes de mergulhar nos detalhes.
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Mapeamento da estrutura: localizar introdução, argumentos, exemplos e conclusão.
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Anotação de palavras-chave: sublinhar conectores, repetições e termos que indicam contraste.
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Identificação do ponto de vista: reconhecer se o texto é informativo, opinativo ou narrativo.
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Atenção às entrelinhas: diferenciar dados explícitos (compreensão) de inferências (interpretação).
5. Erros Comuns dos Candidatos
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Leitura apressada: tentar resolver a questão sem compreender o texto por completo.
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Ignorar o gênero textual: responder sem considerar a lógica estrutural do tipo de texto.
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Confundir opinião do autor com opinião do personagem em textos narrativos.
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Interpretar além do limite: criar deduções sem respaldo no texto.
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Desconsiderar conectivos: não perceber a mudança de sentido causada por uma conjunção.
6. Exemplos Práticos
Exemplo 1 – Questão de Compreensão
Texto: “A cidade enfrenta um verão de temperaturas recordes.”
Pergunta: O texto informa que:
a) A cidade está em crise climática.
b) A cidade enfrenta temperaturas recordes.
c) O calor prejudicou a economia.
👉 Resposta: b (compreensão direta).
Exemplo 2 – Questão de Interpretação
Texto: “A cidade enfrenta um verão de temperaturas recordes.”
Pergunta: Pode-se inferir que:
a) Os moradores estão sofrendo com o calor.
b) O verão está mais frio que o normal.
c) O texto fala sobre poluição.
👉 Resposta: a (interpretação plausível).
7. Como a Banca FGV Cobra Interpretação e Estrutura
A FGV tem estilo particular:
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Textos longos e densos;
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Alternativas com sinônimos sutis para confundir;
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Perguntas que exigem análise lógica da progressão textual;
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Ênfase em identificar contrastes e opiniões implícitas.
O candidato deve treinar leitura crítica e não apenas literal.
8. Como Estudar para se Preparar
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Prática diária de leitura – leia artigos, crônicas e reportagens.
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Resolução de questões da FGV – foque em provas anteriores do seu cargo.
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Treino de paráfrases – reescreva frases com suas próprias palavras.
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Atenção ao vocabulário – expanda seu repertório lexical para interpretar melhor.
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Cronometragem – simule provas para treinar gestão do tempo.
9. Dicas Finais
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Sempre leia a pergunta antes de voltar ao texto: isso ajuda a buscar a resposta de forma direcionada.
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Desconfie de alternativas que extrapolem o que o texto permite concluir.
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Valorize os detalhes estruturais: muitas vezes, a resposta está em uma conjunção ou no último parágrafo.
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Treine leitura crítica: pergunte-se sempre “o que o autor quis comunicar?”.
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Conclusão
A disciplina de Interpretação e Compreensão de Texto, especialmente com foco na organização estrutural, é uma das áreas mais importantes para quem se prepara para concursos públicos